ACONTECIMENTOS ENTRE 1350 E 1449 |
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de tudo, o redimensionamento do seu termo com a integração das vilas e termos de Sintra, Torres Vedras, Alenquer, Colares, Ericeira, Mafra e Vila Verde. Existem indicadores de uma lenta melhoria das condições de vida dos lisboetas a partir dos primeiros anos de Quatrocentos. A edificação do Bairro de Vila Nova, por exemplo, revela a existência de uma procura crescente de habitações com melhores condições. Obras como a do o mosteiro do Carmo ou do Paço dos Estaus atestam o momento de alguma prosperidade que então se
Com uma extensão de aproximadamente 5,3 km, a cerca abrangia, na bolsa a leste da cerca moura, 26,6 hectares, e 61,2 hectares na que se situava a oeste da Cerca Velha, o que elevava a área amuralhada a mais de 100 hectares. A Cerca Fernandina era rasgada por 35 portas e defendida por 76 ou 77 torres. Foi, em grande medida, graças a esta estrutura que Lisboa resistiu, em 1384, a um novo cerco imposto pelas forças de D. Juan I de Castela, marido de D. Beatriz, apoiadas por um importante sector da sociedade portuguesa. O cerco foi, tudo o indica, mais violento que o de 1373, com os sitiadores a permanecer junto dos muros da cidade entre Maio e Outubro. A Lisboa dos anos finais de Trezentos e de inícios de Quatrocentos é, pois, marcada pelos efeitos dos dois cercos e de longos anos de crise demográfica, social, política, cerealífera e económica. Mas havia sinais de esperança e inúmeras expectativas depositadas em D. João I.
E um dos motivos pelos quais a cidade podia encarar o futuro com algum optimismo era o importante conjunto de mercês recebidas do rei na sequência do cerco de 1384: propriedades, isenções fiscais, perdão de dívidas e, acima vivia, acelerado, em grande medida, pela expansão militar para o Norte de África e pelas expedições de reconhecimento da costa ocidental africana, mas também pela colonização da ilha da Madeira.
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