quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

ACONTECIMENTOS ENTRE 1250 E 1349

ACONTECIMENTOS ENTRE 1250 E 1349
D. Afonso IV confirma à cidade de Lisboa os foros e privilégios concedidos pelos reis seus antecessores, AML-AH, Chancelaria Régia, Livro II de D. Dinis, D. Afonso IV e D. Pedro I, Doc.19
D. Afonso IV confirma à cidade de Lisboa os foros e privilégios concedidos pelos reis seus antecessores, AML-AH, Chancelaria Régia, Livro II de D. Dinis, D. Afonso IV e D. Pedro I, Doc.19
O período entre 1250 e 1349 é caracterizado pelos reinados de D. Afonso IIID. Dinis D. Afonso IV, sendo uma época marcada pela delimitação das fronteiras de Portugal, que se iniciou com a conquista do Algarve em 1249 e terminou com o Tratado de Alcanizes em 1297, onde se definiram os limites que separavam Portugal de Castela.
Época de profunda religiosidade, onde  predominavam as peregrinações, o culto das relíquias, as procissões e o interesse em renovar ou construir novas catedrais e igrejas. Paralelamente,  as Ordens Religiosas detinham grande influência e o próprio clero gozava de uma preeminência extrema, graças aos importantes cargos civis que detinham bem como às suas riquezas constantemente aumentadas.

Em Portugal, a arte gótica foi introduzida tardiamente, durante o século XIII, por influência das ordens mendicantes de S. Francisco e S. Domingos. Desenvolveu-se principalmente no sul do país, coexistindo durante muito tempo com o estilo românico fortemente implantado no norte de Portugal.
A cultura literária e científica por via escrita estava muito pouco desenvolvida, restringindo-se durante muito tempo aos clérigos, pois as mais antigas escolas de que há notícia em Portugal, destinavam-se à preparação do clero e à instrução dos noviços, funcionando junto das Sés e Conventos. Em 1290, com o reinado de D. Dinis, instala-se em Lisboa o Studium Generale, escola concebida segundo o modelo da universidade de Bolonha. Até 1377, a Universidade portuguesa desloca-se constantemente entre Lisboa e Coimbra, sendo o seu ensino ainda muito fraco, originando assim, a ida de muitos estudantes portugueses para o estrangeiro.
A par desta cultura escrita, existia ainda uma outra, “tradicional” que era transmitida oralmente e difundida por trovadores, segréis e jograis.
As primeiras manifestações escritas de literatura portuguesa são composições em verso que remontam aos finais do século XII, tendo sido coligidas em três cancioneiros nos séculos XIII-XIV – Cancioneiro da Ajuda, Cancioneiro da Vaticana e Cancioneiro da Biblioteca Nacional.

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