segunda-feira, 27 de junho de 2016

A Chegada à Índia

Albuquerque (Francisco de).
n.
f.   

Capitão duma das três esquadras que partiram para Índia, no ano de 1503.

As outras duas eram comandadas por Afonso de Albuquerque, de quem era primo, e António de Saldanha.

 A esquadra de Francisco de Albuquerque foi a primeira a chegar à Índia; compunha-se de três naus, mas durante o caminho, uma dessas naus, a que era comandada por Pêro Vaz da Veiga, perdeu-se, e Francisco de Albuquerque chegou à ilha Angediva só com dois navios. Soube que o rei de Cochim estava gravemente embaraçado, lutando com poucas Torgas contra os exércitos do Samorim de Calecut, e correu em seu auxilio, conseguindo com a sua gente, reanimar as forças e os arámos, expulsar os inimigos, depois dalguns combates em que morreram dois chefes e muitos guardas do Samorim de Calecut. Afonso de Albuquerque chegara também a Cochim, e fora apresentado ao rei, que o recebeu amigavelmente, mostrando-se muito reconhecido pelo socorro que recebera. Tratou-se então de se construir uma fortaleza, formando uma cidadela portuguesa, onde se pudesse pôr guarnição e que a defendesse. O rei mostrou certa repugnância, ao princípio, mas depois cedeu, e a construção da fortaleza começou, encarregando-se Afonso de Albuquerque duma parte das obras e Francisco de Albuquerque doutra. Certas circunstâncias despertaram desinteligências entre os dois primos (V. Afonso de Albuquerque), mas afinal a fortaleza concluiu-se. Afonso de Albuquerque partiu para Coulão, e Francisco para Cananor, deixando entregue a guarda da fortaleza a Duarte Pacheco. Afonso voltou a Cochim, e, não encontrando o primo, partiu para Lisboa. Francisco foi mais infeliz, porque saindo de Cananor também com destino a Portugal, foi assaltado por uma tempestade, e nunca mais houve noticias a seu respeito. Das três naus, que compunham a esquadra, nenhuma delas voltou a Lisboa; a comandada por Pêro Vaz da Veiga perdeu-se à ida, e as outras duas no regresso.

Sem comentários:

Enviar um comentário