domingo, 5 de julho de 2015

Igreja da Conceição Nova / Rua Nova do Almada


A  Igreja da Conceição Nova, construída em 1698, ficava na antiga Rua Nova dos Ferros(onde corre hoje a Rua da Prata) foi destruída pelo Terramoto de 1755 .Iniciou-se então a construção de um novo templo, com o mesmo nome , na Rua Nova do Almada que ficou concluída em 1794.
  O arquitecto da construção foi Remígio Francisco de Abreu. Possuía um interior revestido de mármores, e tecto de madeira com pinturas de Pedro Alexandrino. O templo foi adquirido pela Caixa Geral de Depósitos à Irmandade do Santíssimo, celebrando-se a escritura em 1950 , foi demolida para dar lugar ao prédio neopombalino daquela instituição bancária. Algum do seu espolio foi integrado na igreja de São João de Brito no bairro de Alvalade.




Prémio Valmor 1912 ( Villa Sousa )


O prémio Valmor 1912 foi atribuído a moradia Villa Sousa, situada na Alameda das Linhas de Torres ,propriedade de José Carreira de Sousa , com projecto do arquitecto Manuel Norte Junior.
A Villa Sousa possuía um grande jardim e destacava-se pela harmonia e elegância do seu torreão. Actualmente encontra-se arruinada ficando reduzida à fachada e algumas paredes.

Palácio da Mitra em Marvila


Palácio da Mitra

Construção dos finais do séc. XVII, com alterações no séc. XVIII. Foi residência dos prelados de Lisboa, entre os quais Dom Luís de Sousa (1676-1702).

No séc. XVIII foi profundamente remodelado por Dom Tomás de Almeida, primeiro Cardeal Patriarca de Lisboa. Fez a estrada (calçada), a capela e enriquece o palácio com pinturas, tapeçarias e azulejos. A estada fazia-se por onde ainda é e era servido por cais privativo. Ao fundo encontravam-se as cocheiras. Em 1834 é incorporado da Fazenda Pública e nele morreu o Cardeal Saraiva. Várias vezes vendido, em 1902, passa para as mãos de António Centeno, que por sua vez o vende a um sócio que aqui se instala com a Fábrica Seixas de metalurgia e fundição. Os escritórios funcionariam nos salões do palácio. Nas cocheiras construiu-se a fábrica, depois ocupada pelo asilo da Mitra. Ainda teve uma fábrica de licores.

Em 1930 é adquirido pela Câmara Municipal de Lisboa, a quem ainda pertence. Destacam-se no edifício: salas e escadarias ornadas de silhares de azulejos; tectos painelados, com pinturas ornamentais; painel rococó tardio no jardim superior.
Nele funcionou o museu da cidade entre 1942 e 1973, altura em que foi transferido para o palácio Pimenta no Campo Grande.

Jornal O Mundo


Tudo começou com «ANTÓNIO FRANÇA BORGES», um jovem combativo que viera cedo de «SOBRAL DE MONTE AGRAÇO» e em LISBOA exercera o cargo de funcionário da fazenda.
Muito mais do que a burocracia, interessavam-lhe, porém, a política e o jornalismo.
Pertenceu as redacções de vários jornais como a «VANGUARDA» ou «A PÁTRIA», mas foi «O MUNDO», que fundou, que lhe deu notoriedade.
Este jornal cedo se tornou numa força demolidora, não só da ditadura de «JOÃO FRANCO» (primeiro Ministro do Rei D. Carlos) como da própria Monarquia. O estilo agressivo de «FRANÇA BORGES» tornou-se numa arma republicana. No entanto, embora acabasse por ser figura cimeira do «PARTIDO DEMOCRÁTICO», sempre recusou quaisquer cargos oficiais, após a implantação do novo regime.
Apareceu «O MUNDO» em 16 de Setembro de 1900, com sede na «RUA DAS GÁVEAS, 91-1º». O prédio onde nasceu, sofreu profundas obras de remodelação, em parte custeadas pelo grande comerciante «Luís Grandella».
Assim, a parte nobre do edifício ficou virada à então «RUA DE S. ROQUE, 95-103». No cimo, passou a figurar um globo terrestre, de pedra, símbolo do MUNDO.
primeira República quis testemunhar o seu apreço ao jornal que fora seu propagandista e ao director que pagara com a prisão alguns atrevimentos. Apareceu assim a «RUA DO MUNDO», onde fora de «SÃO ROQUE».
«FRANÇA BORGES» morreu cedo, em 1915. O jornal perdurou: ainda teve directores como «CARLOS TRILHO» e «URBANO RODRIGUES».
Mas parecia ter-se apagado a chama. «O MUNDO» teve interrupções e acabou por fechar. Em 1925 «O MUNDO» é vendido, mas o seu edifício ficou como memória de uma época de grandes transformações políticas e intensa actividade cultural.
O prédio acabou por ser adquirido por outro jornal que estaria politicamente nos antípodas: o «DIÁRIO DA MANHû, que foi órgão da União Nacional, claro que não se justificava a manutenção do topónimo «O MUNDO». Mas é certo que a «S. ROQUE» também não regressou. A rua passou a ser «da MISERICÓRDIA», numa espécie de solução de compromisso.
O antigo edifício do jornal «O MUNDO» foi reabilitado com um projecto do arquitecto «SIZAVIEIRA» e, mantendo a estrutura inicial, abriu as suas portas à «ASSOCIAÇÃO 25 DE ABRIL» , que aí se encontra sediada com uma galeria de exposições no piso térreo.
TEXTO RETIRADO DO BLOG RUAS DE LISBOA COM ALGUMA HISTÓRIA 


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